
Minha Abordagem
A abordagem terapêutica winnicottiana tem como base o pensamento de Donald Winnicott, um psicanalista que enfatizou a importância do ambiente e das relações na constituição do eu. Diferente de abordagens mais estruturadas, nossa prática clínica é marcada pela espontaneidade e pela criação de um espaço potencial, onde o paciente pode sentir-se seguro para expressar-se sem medo de julgamento.
Em uma sessão de terapia winnicottiana, o foco não está apenas na interpretação de conteúdos inconscientes, mas na qualidade da relação terapêutica. O terapeuta atua oferecendo suporte emocional e permitindo que o paciente vivencie a experiência de ser acolhido em sua totalidade. Isso significa que o setting terapêutico deve proporcionar continuidade, estabilidade e um espaço de confiança para que o paciente possa se encontrar e criar um sentido próprio para suas vivências.
A escuta é atenta, mas não intrusiva. Muitas vezes, não se trata de apenas perguntar ou interpretar, mas de estar presente de forma genuína, ajudando o paciente a sentir-se real. Em alguns momentos, o silêncio pode ser mais terapêutico do que palavras, pois permite ao paciente acessar seus próprios processos internos.
Com crianças, o brincar é uma ferramenta essencial. Winnicott afirmava que a criança se expressa e se encontra no brincar, e o terapeuta pode participar desse jogo de forma espontânea, sem impor significados, mas ajudando a dar sentido ao que emerge. Já com adultos, pode-se trabalhar com a ideia do "brincar na fala", explorando metáforas, associações e até momentos de descontração que permitam ao paciente se conectar consigo mesmo de maneira autêntica.
O objetivo maior da terapia winnicottiana não é a adaptação do paciente a padrões externos, mas a construção de um eu verdadeiro, capaz de sustentar sua própria existência de maneira criativa e espontânea. A cura, nesse sentido, acontece quando o indivíduo se sente livre para ser quem realmente é, dentro e fora do consultório.
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